Ao amigo artesão, Seu Domingo da Pedreira, rei dos barquinhos - Mongaguá, Brasil
Seu Domingo, como gosta de ser chamado, nasceu em 1925 na cidade de Paraty - Rio de Janeiro e vive em Mongaguá, já há 45 anos. Seus hábitos oscilam do caiçara para o campestre ou vice-versa.
Outrora, foi pescador em traineiras mar à fora e em redes de arrasto. Frequentou vários entrepostos de pesca em São Paulo e no Rio. Sua simplicidade emana alegria de viver e brandura no temperamento. Hoje aos 87 anos, transforma a tarumã e a espinhuda, madeiras retiradas nas matas de Mongaguá, em lindas miniaturas de barcos de pescas. É fácil encontra-lo tomando como direção o Rio Mongaguá no centro da cidade e seguindo as margens deste rio até o bairro da Pedreira. Logo que cruzar a linha férrea e em seguida atravessar debaixo da ponte, lá estará seu Domingo, em meio aos barquinhos, ferramentas e pequenas toras de árvores em seu ateliê improvisado, à céu aberto, compondo a história da cidade que poucos se dão conta.
D ebruço minhas mãos naquilo que me apraz
O fereço meus barquinhos pois isto me satisfaz
M ongaguá, minha morada, meu céu e meu mar
I ntegro da natureza min'arte daquilo que ela me dá
N avios, naus, traineiras, embarcações; apelidem como quiserem
G osto do que faço, por isso sigo o curso do rio
O utrora, pescador, hoje artesão, amanhã... Deus é que sabe.
N avios, naus, traineiras, embarcações; apelidem como quiserem
G osto do que faço, por isso sigo o curso do rio
O utrora, pescador, hoje artesão, amanhã... Deus é que sabe.
Outrora, foi pescador em traineiras mar à fora e em redes de arrasto. Frequentou vários entrepostos de pesca em São Paulo e no Rio. Sua simplicidade emana alegria de viver e brandura no temperamento. Hoje aos 87 anos, transforma a tarumã e a espinhuda, madeiras retiradas nas matas de Mongaguá, em lindas miniaturas de barcos de pescas. É fácil encontra-lo tomando como direção o Rio Mongaguá no centro da cidade e seguindo as margens deste rio até o bairro da Pedreira. Logo que cruzar a linha férrea e em seguida atravessar debaixo da ponte, lá estará seu Domingo, em meio aos barquinhos, ferramentas e pequenas toras de árvores em seu ateliê improvisado, à céu aberto, compondo a história da cidade que poucos se dão conta.
Hermes Machado é escritor paulistano que vive na Baixada
Santista. Antes de iniciar a carreira literária atuou como guia para
congressos nos Estados Unidos, foi executivo de empresas e gestor de
negócio próprio. É autor do romance Vitória na XXV, possui contos e
crônicas em sites e jornais impressos no Brasil e exterior.
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